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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

E Marte continua na moda

Assinala-se hoje o quarto aniversário do lançamento da sonda espacial Phoenix - um dos mais notáveis objectos científicos criados pelo homem. Foi desenvolvido com o objectivo de estudar "in loco" o Planeta irmão da Terra - Marte. Pousou neste planeta a 25 de Maio de 2008, na sua zona polar Norte após uma bem sucedida viajem de cerca de 680 milhões de quilómetros, que percorreu em 10 Meses. Depois desta longa viagem a sonda entrou na atmosfera marciana a cerca de 21 mil Km/h, usando propulsores e para-quedas para reduzir a velocidade. O momento da entrada na atmosfera e contacto com o solo de Marte foi o mais arriscado de tão longa odisseia - sete longos dramáticos minutos, que podem ser seguidos no link apresentado no fim deste post - terão a oportunidade de escutar os "sons dessa descida". Praticamente desde o momento que estabilizou no solo, iniciou logo a transmissão de informação para a Terra, o que fez de forma ininterrupta durante cerca de 11 Meses, ultrapassando as previsões mais optimistas que a sonda só funcionaria durante, no máximo, 9 Meses. Com a movimentação prevista para a sonda no solo de Marte, na zona polar Norte do planeta, em pleno Inverno Marciano, os cientistas previam que esse seria o momento para o fim do funcionamento da sonda, a sua dead line. Sem acesso a energia solar, os seus painéis (que a transformavam na energia necessária ao funcionamento da sonda) esta ficaria completamente inoperacional, "morta", concluindo aí a sua missão. Este facto foi confirmado pelos cientistas em Abril de 2009, momento previsto para retomar o contacto com a sonda e confirmar o seu fim. Durante o seu "curto período de vida" este equipamento recolheu informações de tal forma valiosas e importantes que transformaram completamente o conhecimento que detínhamos sobre Marte e disponibilizou dados que vão ocupar muitos cientistas durante décadas. Foi consequência deste trabalho a confirmação de que existia água na superfície do Planeta - ainda hoje surgiu a confirmação(feliz coincidência) de que a mesma água existe em alguns pontos no estado líquido, informações que transformam Marte num lugar onde é possível suportar alguma forma de vida.
E para aguçar ainda mais a curiosidade sobre Marte, anexam-se algumas fotografias notáveis da sua superfície, resultado do trabalho da sonda Phoenix, que hoje comemoramos. Juntam-se também alguns registos realizados por outro equipamento, outra sonda que não desceu ao planeta, a MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), que foi lançada em Agosto de 2005, tendo atingido a órbita Marciana em  Março de 2006, quase um ano antes da chegada da Phoenix. Da sua missão, além de cartografar a superfície do planeta com o máximo pormenor (do qual efectuou milhares de órbitas) tinha a tarefa, que cumpriu com um rigor notável, a de registar o trabalho da sonda Phoenix em movimento na sua superfície. Da conjugação destes dois equipamentos resultaram as fotos seguintes, e muitas outras que vão sendo disponibilizadas depois de devidamente trabalhadas. 
Deliciem-se.





Fotos anteriores:  divulgadas recentemente da superfície de Marte,tiradas em Fevereiro de 2008,representam "fracturas" perto da bacia de impacto Isidis, que podem ter cerca de 500 metros de profundidade.



                                            Pormenor de uma caractera, com cerca de 2km de diâmetro
                                           
 Em seguida, Dunas de areia em Marte e pormenores capturados pela MRO. Consegue-se uma resolução tão poderosa que são capazes de mostrar características do solo marciano com detalhes inferiores a 1 metro; Estas imagens ajudam também a entender como se comporta o clima marciano, no presente e no passado e também contribui para compreendermos melhor o clima terrestre.







Fenda da Fossa Cerberus: Esta fenda tem cerca de 800 metros de largura; 





Imagem da pedra que rolou ladeira abaixo numa avalanche em Marte. As imagens de rochas antigas de Marte (muito mais antigas que as terrestres)   fornecem uma visão de um período de tempo que falta no nosso registo geológico. O seu conhecimento pode dar aos cientistas uma ideia de como o clima planetário pode um dia ter sido,o que ajuda a entender como o clima de nosso planeta se comporta



https://www.youtube.com/watch?v=1M5SsH_2jrs

http://mars.jpl.nasa.gov/missions/present/msl.html

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