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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bactéria é capaz de produzir biocombustível a partir de papel




Equipa da Universidade de Tulane.
Equipa responsável da Universidade de Nova Orleães
A partir de agora os s jornais deitados para o lixo diariamente podem ser transformados em biocombustível. A responsável por essa transformação do papel é uma nova bactéria, A TU-103, recentemente descoberta por cientistas Americanos, da Tulane University (Nova Orleães, EUA). A referida bactéria é capaz de transformar a celulose presente em folhas de papel em butanol (um álcool), um combustível que pode substitutuir a gasolina. 

Os investigadores já testaram o novo método com velhas edições de Jornais e revelaram-se satisfeitos com os resultados. Para além de reduzir as emissões de dióxido de carbono, o butanol pode ser usado em vez da gasolina sem que seja necessário adaptar o motor.

A grande vantagem da bactéria TU-103 (encontrada em excrementos de animais) é que consegue transformar a celulose (fibra de que é composto o papel) na presença de oxigénio, enquanto outros microorganismos com capacidades semelhantes só conseguiam a transformação num ambiente sem oxigénio, o que aumentava drasticamente os custos.

O butanol também apresenta benefícios como combustível em relação ao etanol – normalmente produzido a partir do milho ou da cana-de-açúcar (o Brasil tem um programa gigantesco a funcionar com este sistema, produzir combustível a partir do milho e da cana de açucar), porque além de se adaptar mais facilmente a qualquer tipo de motor, o material é menos corrosivo do que o concorrente e apresenta um rendimento energético maior.

Embora o etanol também seja derivado da celulose, o butanol é considerado muito mais vantajoso uma vez que pode ser usado em vez da gasolina sem que seja necessário mudar ou adaptar o motor do veículo.

1 comentário:

  1. Projecto interessante este das bactérias a produzir um alcool.No entanto é necessário muito cuidado com os biocombustíveis pois aquilo que á partida parece uma vantagem (alternativa aos combustíveis fósseis..) no fim, contabilizando os custos ambientais com a produção intensiva da soja, cana, milho, jatophra (planta explorada em Moçambique pela galp com esse objectivo), em pesticidas, adubos, gastos de água e outros, tornam estes projectos ambientalmente pouco sustentáveis. Que se investigue e estude....muito!
    Excelente blog
    AA

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