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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Nebulosa da Borboleta – a beleza do espaço profundo



Esta aparente serenidade engana… a imagem corresponde a uma gigantesca caldeira de gás a uma temperatura superior a 20 000 º C e que se move à “incrível” velocidade de 900 000 Km/h, suficiente para percorrer a distância Terra-Lua em apenas 24 minutos. A imagem foi obtida por uma nova câmara fotográfica (WFC3) instalada no telescópio Hubble e vem “provar” a imensa utilidade deste instrumento no estudo do Céu profundo. Desta vez a imagem captada corresponde a uma nebulosa planetária, a Nebulosa da Borboleta (NGC 6302), situada num local bem profundo no centro da Constelação do Escorpião, a cerca de 3800 anos-luz da Terra. Como curiosidades, além da beleza da imagem, o facto de no centro o desta nebulosa existir uma estrela morta, estrela essa que nos seus tempos de brilho intenso apresentaria uma massa (e brilho) bem superior ao nosso Sol. Os cientistas pensam que essa estrela colapsou há cerca de 2000 anos e que durante essa “morte”, expulsou as suas camadas externas em direcção ao espaço, o que originou a brilhante nuvem de gás e radiação ultravioleta que agora se vê, causa da sua espectacular aparência - uma borboleta. Em termos de tamanho, de ponta a ponta, esta nebulosa mede 2 anos-luz de comprimento, o equivalente a 18 000 biliões de quilómetros…é muito km!
















domingo, 23 de outubro de 2011

Alunos portugueses distinguem-se nas Olimpíadas Iberoamericanas de Biologia


Diogo Maia e Silva (na fotografia, acompanhado pelo Coordenador nacional do projecto), aluno da Escola Secundária Raul Proença, Caldas da Rainha, ganhou uma medalha de bronze nas Olimpíadas Iberoamericanas de Biologia (OIAB) que decorreram entre 5 e 9 de Setembro na Costa Rica.
 A competição nas OIAB engloba duas provas teóricas, três provas práticas e ainda um rali, de três horas, planeado por iniciativa de Portugal, em que os jovens concorrem em equipas mistas de vários países para responder a diversas perguntas em conjunto. “Os nossos alunos fizeram provas brilhantes ao nível dos exames práticos, onde tiveram das notas mais altas”, afirma o coordenador nacional da competição, José de Matos.



O vencedor,o coordenador nacional do projecto e a taça
(foto:ordem dos Biólogos)
No entanto, à semelhança com o ano passado, “nos exames teóricos tiveram das notas mais baixas porque a maior parte das perguntas são sobre temas que não pertencem ao programa escolar português”. Para evitar isto, o responsável diz ser essencial “haver um programa de treino para os jovens em que há a possibilidade de treinar essas áreas que não pertencem ao nosso programa”. De futuro, pretende-se “criar melhores condições, como um mês de treino, e esperar que para o ano seja ainda melhor”.
A equipa portuguesa incluiu, além do Diogo Maia e Silva, a Beatriz Madureira, do Colégio de S. Miguel, em Fátima, a Ana Beatriz Teixeira, do agrupamento de Escolas de Castro de Aire e Rui Nunes, do Colégio Manuel Bernardes. Na figura a equipa portuguesa com a taça, que simboliza a boa prestação e a responsabilidade de organizar as Olimpíadas no próximo ano.





A Equipa participante (Foto:ordem dos Biólogos)
“Na cerimónia de encerramento da Olimpíadas houve a transferência da taça simbólica que viaja para todos as países que organizam as OIAB e que se vai manter connosco até ao último dia das Olimpíadas do ano que vem”, afirma José de Matos. Deste modo, “no dia 7 de Setembro de 2012, na cerimónia de encerramento das Olimpíadas em Portugal, a taça será entregue ao representante da Argentina” que vai organizar a próxima competição, acrescenta.

Os alunos que participaram nas OIAB deste ano foram seleccionados num universo de quatro mil estudantes de 160 escolas secundárias de todo o país nas Olimpíadas Nacionais de Biologia, organizadas este ano pela primeira vez em Portugal pela Ordem dos Biólogos, com o apoio do programa Ciência Viva.
Aqui ficam os votos de parabéns pelo feito, que orgulham a escola portuguesa, por parte da equipa dos Químicos da Guilherme.



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

3 anos de imagens feitas por robô em Marte

Desde Setembro de 2008 até Agosto de 2011, o robô Opportunity que explora o planeta Marte tirou uma fotografia de "fim de expediente" ao final de cada dia em que ele se movimentou. Ao todo, são 309 imagens, que a Nasa compilou num vídeo para registar os 21 km que o Opportunity percorreu no período. As fotos mostram a superfície de Marte coberta de pequenas crateras. Ao longo do vídeo pode notar-se o aparecimento no horizonte da cratera Endeavour e diversos desvios que o robô foi obrigado a fazer devido a obstáculos no terreno. A equipe da agência espacial americana também produziu uma "trilha sonora" para o vídeo. Utilizando dados referentes a cada dia registado, os cientistas transformaram as baixas frequência da vibração do acelerador do robô em frequências audíveis. Sons mais altos representam terrenos acidentados enquanto sons suaves correspondem ao movimento do robô em areia. Os robôs Opportunity e Spirit chegaram à Marte em 2004, com um tempo de missão de apenas três Meses, tempo que ultrapassaram em anos. O Spirit deixou de funcionar em 2010, e o Opportunity prossegue o seu trabalho explorando a cratera Endeavour. Ainda este ano a Nasa enviará um novo robô ao planeta vermelho, será o Curiosity, o mais moderno robô já enviado a outro planeta.








quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs - o desaparecimento de um criador genial



Numa altura em que a comunicação social vai comentando diariamente sobre aqueles em quem recaiu o prémio Nobel, o mundo da ciência foi hoje surpreendido com a notícia da morte de Steve Jobs (SJ), o "pai" da Apple, com a idade de 56 anos, após travar uma luta de alguns anos contra um cancro no pâncreas. Apesar de SJ não ser um daqueles "cientistas clássicos" que aqui vamos falando mas era claramente um homem de "ciência", empresário de imenso sucesso, visionário genial e, por isso, sempre muito à frente do tempo em que viveu. Com um percurso profissional também ele bastante original - provinha de uma família mais ou menos disfuncional, educado por uma família de acolhimento, abandonou a universidade sem concluir os estudos, foi despedido da empresa que ajudou a criar à qual regressou anos mais tarde para a guiar aos patamares da "maior empresa do mundo", a Apple. O homem da maçã, como ficou conhecido, foi responsável pela criação de tecnologias e invenções  como o rato, as sucessivas linhas Macintosh (Mac para toda uma legião de fãs), passando por iPod, iPod nano, i Book, iPhone, iPad1 e 2, e toda uma gama de produtos inconfundíveis em qualidade, performance e design que não deixam ninguém indiferente. Em todos estes produtos teve sempre a ousadia, que manteve até ao fim, de incorporar sempre algo inteiramente novo aos produtos que ia criando, como por exemplo a comunicação “por janelas nos seus Macs”, e mais tarde “copiada pela Windows”, integrar voz e imagem num “telefone”, transformar este numa verdadeira central de comunicação que, além das funções anteriores, é também um computador…Ufa! Foi bem rica, dedicada e preenchida a sua vida, sempre em busca “dos melhores produtos e serviços às pessoas”, numa atitude que pode ser melhor compreendida vendo (e escutando) o próprio no filme em anexo – o seu discurso aos estudantes na Universidade de Stanford. Uma lição de vida e a merecer ser escutada por todos. 


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Nobel de física de 2011 atribuído a três cientistas

Os cientistas norte-americanos Saul Perlmutter, Adam Riess e Brian Schmidt foram laureados com o prémio Nobel de física de 2011 (anúncio de Terça -feira), por pesquisas sobre a expansão do Universo. Centrando as suas pesquisas na observação da luz das supernovas (para quem já estudou estes temas sabe que as supernovas constituem uma das formas "de fim de vida de uma estrela" - no caso, de estrelas com massas muito elevadas,  algumas dezenas de vezes maiores que a estrela Sol), estes cientistas têm realizado descobertas que parecem contrariar uma ideia conhecida há muito, pelo menos desde os anos 20 a partir  do trabalho de cientistas como Edwin Hubble (esse mesmo, o que foi homenageado ao servir de nome para o telescópio) que é a de que o "universo se encontra em contínua expansão desde o Big-Bang, e que este terá tendência para abrandar o seu afastamento. Esta "lógica" sobre a qual temos construído o nosso conhecimento assenta na ideia de que quando consumida toda a energia que anima o universo desde a explosão inicial, todo ele, por acção da gravidade, se passaria a contrair...ou seja, pararia a sua expansão, tinha consumido toda a energia que o animava e, previsivelmente, iniciaria todo um movimento contrário de contracção que poderia culminar, daqui a cerca de 5 Biliões de anos (5 mil milhões...), num Big-Crunch, um grande colapso. São estas ideias que os agora laureados vêem contrariar com as suas descobertas, afirmando que o Universo em vez "contrair", aumenta o seu afastamento. Ou seja, em vez de diminuir a sua taxa de expansão, o universo sofre uma aceleração. 

                                          Os vencedores do Nobel de física 2011: os norte-americanos Saul Permutter, Adam Riess e Brian Schmidt (Foto: Permutter e Riess: France Presse; Schmidt: Divulgação)

Essa conclusão "constitui uma enorme surpresa para os cientistas", como reconheceram os membros do comitê do Nobel. Para crescer, o Universo precisa de ter energia, que os astrónomos acreditavam vir apenas dos objectos como nós, das árvores, planetas e demais corpos que existem no Universo.Ou seja, parecem existir aqui "outras forças", com origem provável na misteriosa "matéria/energia negras", que constituem cerca de 95% da matéria existente no Universo, sobre a qual pouco ainda se sabe. Conhece-se a sua existência mas "pouco mais"....Os trabalhos destes laureados vem levantar um pouco o véu sobre essa "nova matéria". 
Um mundo fascinante e palpitante este da ciência do cosmos... 



sábado, 1 de outubro de 2011

Viagem fantástica: do infinitamente grande ao infinitamente pequeno

A apresentação seguinte, criada em PowerPoint, permite-nos compreender melhor uma matéria com que muitos já se confrontaram em alguma das disciplinas de ciências: o infinitamente grande e o infinitamente pequeno. Estes conceitos tão importantes nas ciências, que se abordam por exemplo em matérias como o Universo (tamanho, distâncias, velocidades...) ou, como exemplo do infinitamente pequeno, quando estudamos moléculas, átomos ou mesmo células. É que na base destes conceitos, e da sua representação, encontram-se obviamente "conceitos" matemáticos - sempre ela, a matemática, que a apresentação seguinte ajuda a compreender. Utilizam-se, na representação de números muito grandes e nos muito pequenos potências de base 10. O que se propõe é uma viagem que se inicia a uma distância de 10 milhões de anos-luz

(10 23 m  - o número 1 seguido de 23 zeros...) do nosso planeta e termina 10 -16 m - 0 vírgula, seguido de quinze zeros e um, bem no interior do átomo. Na aplicação, em cada passagem ficamos 10 x mais próximos do fim da viagem.


Boa Viagem.




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