A lenta marcha de um ponto escuro, o Planeta Vénus, à face do Sol, foi acompanhado (até online, através de um site da NASA) por astrónomos amadores e profissionais em todo o mundo - e mesmo fora dele.
A periodicidade do fenómeno, que volta a repetir-se
dentro de 105 anos, em seguida oito anos e depois mais 125 anos, regressando
aos oito anos, e assim por diante, deve-se "à inclinação da órbita de
Vénus". O planeta, habitualmente, passa por cima ou por baixo do Sol.
Apesar de não ter
sido observável em toda Terra, nomeadamente em Portugal – ao contrário do mesmo
evento em 2004, esse sim, visível do nosso território, as seis horas e 40
minutos que o planeta Vénus demorou a atravessar o disco solar – denominado trânsito,
puderam ser vividas em directo no ciberespaço via dezenas de sites Web e por imagens absolutamente espectaculares.
Para isso contribuiu naturalmente a maior atenção
mediática sobre o fenómeno – mais seguidores em telescópios terrestres e
espaciais, mas além disso muito contribuiu a presença de uma sonda no próprio
espaço, colocada na órbitra de Vénus. A sonda Vénus Express, de origem Europeia, produziu algumas das observações que apresentamos a seguir.
O evento não se
resumiu naturalmente a estas belas belas fotos. Várias experiências científicas
foram planeadas e realizadas, inclusive, estudos que ajudarão na busca por
planetas habitáveis além da Terra.
Esta busca é feita quando planetas extra-solares passam diante das suas estrelas, como agora Vénus diante do Sol. O trânsito de Vénus constitui-se assim numa rara oportunidade para se estudar a densa atmosfera venusiana e, a partir deles, desenvolver técnicas para "medidas", e estudos de outros planetas.
Fiquem então com algumas das fabulosas imagens que o Trânsito de Vénus proporcionou...