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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CURIOSITY: 12 MESES EM 2 MINUTOS


A agência espacial americana (Nasa) divulgou um vídeo que mostra, condensada em dois minutos, o trajecto percorrido pelo robô Curiosity durante um ano de exploração em Marte. 

As imagens foram agora divulgadas e resultam da "união" de cerca de 70 mil imagens que já enviou para a Terra. Além das imagens, o robô Curiosity - um verdadeiro laboratório ambulante, já transmitiu para a Terra cerca de 190 Gigabits de informações que recolheu sobre Marte, informações essas que vão (estão ) a ser estudadas e que vão certamente permitir dar resposta a uma das questões centrais de toda a missão - se o planeta já teve ou não condições de albergar vida e se o seu estado actual pode representar o "futuro" da nossa Terra.

O robô acaba de completar um ano no planeta vermelho -  pousou no dia 5 de Agosto de 2012 e desde então já percorreu cerca de 1,5 km na sua superfície. Desde então tem cumprido os seus principais objectivos científicos, entre eles, identificar a presença de água (em diferentes estados físicos da matéria) e procurar evidências de que Marte teve condições de abrigar vida no passado.

Vejam lá então um "filme" do que a Curiosity tem feito no último ano no seu longínquo passeio na superfície de Marte. 


E para aqueles que, pouco conhecedores da investigação científica e do valor dos little steps - forma habitual, não há outra, como se progride em ciência e como tal podem ficar algo desiludidos com o filme, na falta de descobertas de "Marcianos/seres a fugir ou...", partilho uma frase bem humorada, um comentário dos nossos irmãos brasileiros ao referido filme...

Mas o que esperar de um robôzinho zanzando por um planeta inóspito coletando pedrinhas? Exatamente isso


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Três erupções solares de grandes proporções em menos de 24 horas


Durante o dia de ontem, o Sol lançou as três labaredas mais potentes de 2013, erupções de classe X1.7, X2.8 e X3.2, o que indica o aumento de actividade solar, cujo pico se espera para finais deste ano. Este fenómeno classifica-se nas classes A, B, C, M e X, de menor para maior intensidade, seguidas de números entre 1 e 9.

As três labaredas muito potentes foram provocadas pela mesma mancha solar – a AR1748 – que se situa na extremidade este do Sol e cujo aspecto os cientistas estão a começar a conhecer.


As explosões ocorreram no lado oposto do Sol em relação à Terra, e não foram direccionadas para o nosso planeta, mas podem interferir com o campo magnético terrestre, afectando as comunicações.

A última erupção ocorreu à 1h11 da madrugada de terça-feira e emitiu uma das mais fortes erupções classificadas pela NASA. Duas dessas três erupções lançaram aquilo a que os especialistas chamam de ejecções de massa coronal, que lança material solar a temperaturas muito elevadas no espaço a mais de oito milhões de quilómetros por hora.




Segundo a informação da NASA, o material lançado para o espaço pode passar perto de várias sondas espaciais norte-americanas.
Os especialistas em clima espacial da Administração Nacional da Atmosfera e dos Oceanos (NOAA), dos Estados Unidos da América, estimam que existe 40 por cento de probabilidades de se produzirem novas chamas.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Dunas da cratera de Gale em Marte estão activas


Investigador português integrou equipa
liderada pelo instituto norte-americano SETI

As dunas da cratera de Gale no planeta Marte movem-se, algo que se desconhecia até ao momento. A descoberta foi possível recorrendo a imagens de satélite, recolhidas entre 2006 e 2011, pela missão “Mars Reconnaissance Orbiter”.

As dunas da cratera de Gale no planeta Marte movem-se, algo que se desconhecia até ao momento. A descoberta foi possível recorrendo a imagens de satélite, recolhidas entre 2006 e 2011, pela missão “Mars Reconnaissance Orbiter”.

A equipa de oito investigadores, liderados pelo Instituto SETI, Estados Unidos da América, dos quais um português David Vaz, do Centro de Geofísica da Universidade de Coimbra, correlacionou as estruturas sedimentares com modelos atmosféricos, demonstrando que os ventos serão suficientemente fortes para manter actividade eólica nas condições atmosféricas actuais.

O contributo de David Vaz foi desenvolver um algoritmo que permitiu automaticamente “fazer a cartografia e caracterização das estruturas sedimentares eólicas. Genericamente, com base na imagem o algoritmo identifiquei as estruturas sedimentares, semelhantes a pequenas ondas que se podem ver por vezes na areia da praia, e, a partir daí, obtivemos informação sobre a direcção do vento na superfície do planeta”, explica o investigador.

“Este trabalho poderia ser feito manualmente, mas não seria tão prático”, sublinha David Vaz que desenvolveu esta investigação no âmbito do seu pós-doutoramento.

David Vaz, o primeiro Doutorado Português em Geologia de Marte
Os investigadores aguardam agora que o rover Curiosity passe por esta zona do planeta Marte para validar as conclusões retiradas através de “modelos teóricos de simulação atmosférica. A passagem do Curiosity por esta zona de dunas será uma oportunidade única de estudar processos eólicos em Marte”, sublinha David Vaz, também investigador no Centro de Recursos Naturais e Ambiente do Instituto Superior Técnico.


O estudo desta região permitiu verificar que as dunas se estão a mover a uma velocidade de 40 centímetros por ano terrestre, ou seja uma média de pouco mais de um milímetro por dia. Isto indica que a acção do vento é, muito provavelmente, o processo actual mais importante na modelação da paisagem na cratera de Gale.

Esta informação, avança David Vaz, “fornece pistas importantes para o rover Curiosity. Quando o rover passar pelas dunas, poderá estudar in loco as condições atmosféricas e os mecanismos que permitem o transporte de sedimentos em Marte”.

As conclusões desta investigação vão ser publicadas num artigo, com o título “Pervasive aeolian activity along rover Curiosity's traverse in Gale Crater, Mars”, da edição de Abril da revista científica “Geology”.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Cometa visível ao fim da tarde no hemisfério norte


Será necessário céu limpo para se conseguir observar o 2011 L4 Panstarrs


Imagem que regista a descoberta do cometa C/2011 L4 (indicado pela seta) pelo telescópio do Pan-Starrs.


O cometa 2011 L4 Panstarrs, descoberto em Junho de 2011 com o telescópio  do Pan Starrs, localizado no HAVAI, tem sido visível do planeta Terra, no hemisfério sul. Mas a sua trajectória dentro do Sistema Solar vai permitir que nos próximos dias seja visto, a olho nu, no hemisfério norte.

Será observável como um ponto luminoso com uma cauda difusa a elevar-se verticalmente no horizonte, fazendo lembrar um ponto de exclamação. Não representa qualquer risco para a Terra, afirmam os especialistas da NASA, que seguem atentamente o objecto.



O 2011 L4 Panstarrs começa a ser visível hoje mesmo durante a noite, contudo em condições difíceis. Será necessário um campo de visão totalmente limpo, a oeste, e só se verá durante 15 minutos depois do anoitecer.

No Domingo anterior, 10 de Março, o cometa esteve no ponto da sua órbita mais próximo do Sol (posição designada de periélioperto do Sol, deixando de ser visível devido ao brilho intenso da luz solar. Mas amanhã, 12 de Março, terça-feira, voltará a aparecer no céu – assim colabore o tempo, o que não tem acontecido nos dias anteriores. É estarem atentos e seguirem as instruções.

Até final do mês, vai ser cada vez mais difícil ver o cometa, mesmo com pequenos telescópios. Isto, porque não é muito brilhante e vai estar muito baixo no horizonte. Para ser visível, o céu terá de estar limpo de qualquer obstáculo, a sudoeste, pouco depois do crepúsculo e as condições atmosféricas devem ser boas”, explica em comunicado Amy Mainzer, do Laboratório de Propulsão a Jacto, da NASA.

Quem perder esta oportunidade, poderá ainda este ano, no final do Outono, observar o cometa Ison que também nos fará uma visita … o nosso Sistema Solar é um manancial de surpresas, onde estão sempre a acontecer coisas…




terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O nosso sistema solar pelo Francisco

O Francisco é um dos mais novos entusiastas do nosso blogue. É um aluno do nosso Agrupamento (frequenta o 3º ano no Centro Escolar...é verdade, no 3º ano ) e é muito interessado nos assuntos de Ciências. O trabalho que apresentamos é o resultado dessa sua imensa curiosidade - ele é que teve a ideia, escolheu o tema, fez a pesquisa e criou sozinho a apresentação, sem intervenção alguma de adultos. Ou seja, este é um trabalho integralmente da sua autoria. Sentimos, e assim se espera, que esta é a primeira de muitas intervenções que iremos ter do Francisco.


http://www.slideshare.net/Paulobarata887/o-sistema-solar-1

domingo, 4 de novembro de 2012

Auroras:um espectáculo fascinante da natureza

No passado 8 de Outubro os céus da zona de Alberta (Canadá) foram contemplados com mais um espectáculo sublime da natureza – Auroras Boreais. O espectáculo começou às 21:30 da noite terminou próximo das 5 da manhã. As fotografias (21) que exibimos são da autoria dos fotógrafos Steve-Milner e Frank-Olsen.






















Relembramos que as auroras boreais (nome proposto por Galileu Galillei) são um fenómeno natural, resultante do choque a grande velocidade de partículas electricamente carregadas - radiações electromagnéticas provenientes do espaço e transportadas pelo vento solar, com os átomos e moléculas da atmosfera terrestre. Os choques produzem a excitação dos átomos, com a libertação de fotões.


As auroras mais comuns têm cor verde-amarelada e resultam da emissão de fotões por átomos de oxigénio. As zonas onde a existência de auroras é mais comum são na Escandinávia e na Islândia. Quando ocorrem no hemisfério sul adoptam o nome de Auroras Austrais. Já agora lembramos que o fenómeno não é exclusivo do nosso planeta. Na imagem final uma Aurora no Planeta Júpiter.




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Dupla norte-americana recebe Nobel da Química




Robert Lefkowitz e Brian Kobilka
A dupla de cientistas norte-americanos Robert J. Lefkowitz e Brian K. Kobilka foram esta quarta-feira galardoados com o PrémioNobel da Química 2012.

No comunicado em que anuncia os nomes dos laureados, a Real Academia Sueca das Ciências explica que cada uma dos milhões de células que compõem o corpo humano tem pequenos receptores que lhe permitem sentir o meio envolvente e adaptar-se a novas situações.
Robert Lefkowitz e Brian Kobilka são agora premiados por "descobertas que revelam o funcionamento interno de uma importante família destes receptores: os receptores acoplados à proteína G", informa a mesma nota.
A academia sublinha ainda que "cerca de metade de todos os medicamentos actuam através dos receptores acoplados à proteína G".
Durante muito tempo, explica a academia, foi um mistério como é que as células conseguiam sentir o ambiente que as rodeava e “adaptar-se.
Os cientistas sabiam que hormonas como a adrenalina têm efeitos poderosos - aumentam a pressão arterial e fazem o coração bater mais depressa - e suspeitavam que a superfície celular continha algum receptor para essas hormonas, mas desconhecia-se em que consistiam e como funcionavam. E esse mistério permaneceu praticamente durante a maior parte do século XX.
Lefkowitz começou em 1968 a usar a radioactividade (um isótopo do Iodo – os alunos do 9º ano irão aprender mais tarde o que é um isótopo… ) para detectar a presença desses receptores celulares. A equipa de Lefkowitz conseguiu isolar esse receptor, “escondido” na parede das células, podendo assim prosseguir no estudo do mecanismo de funcionamento – e  é precisamente a partir desta fase, do estudo em concreto aos receptores, que  entra o outro laureado,  Kobilka.
Partindo de uma abordagem muito original, Kobilka o estuda o receptor “indo à origem”, isto é, procurou isolar e estudar o gene que codificam os referidos receptores. Ao estudar o gene descobriram que o mesmo dava afinal origem a vários tipos de receptores presentes no corpo humano, quer sejam do coração ou do olho, responsáveis pela captura da luz.
 Perceberam então que há toda uma família de receptores parecidos e que funcionam da mesma maneira.
E foi por isto, a descoberta pioneira e trabalho sobre os sensores das células que justificaram a atribuição do Nobel a esta dupla de cientistas, Lefkowitz  e  Kobilka.